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terça-feira, outubro 24, 2006

2181 

às vezes, muito mais vezes do que somente às vezes, olho pela janela e descubro recordações de coisas que já vivi.
e descubro que já vivi tantas coisas, que às vezes, muito mais vezes do que somente às vezes, me esqueço completamente delas.
dou por mim a relembrar pessoas, que já nem sabia que tinham existido na minha vida.
e assusto-me com tamanha indiferença. perante as pessoas, claro.
os factos permanecem. mas, as pessoas, terão sido elas assim tão insignificantes?
tê-los-ei usado para satisfação pessoal, e descartado como objecto para reciclagem?
e vice-versa, como é óbvio. embora não houvesse hipótese de alguém permanecer contra o meu gosto. e vice-versa.
na verdade só guardamos o que nos toca.
eu, excelsa filha única, criada com o maior dos mimos, por defesa e inaptidão para lidar com o fracasso, a tristeza e o abandono, só retenho quem me toca bem.
opções!
que têm o seu preço, obviamente!

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